A agenda de campanha de Jair Bolsonaro (PL) no Rio de Janeiro, cidade em que tenta eleger Alexandre Ramagem (PL) para prefeito, segue incógnita até mesmo para o seu apadrinhado político.
Os dois devem se reunir nesta quarta-feira (2) para conversar antes de iniciar a peregrinação por bairros cariocas, prevista para quinta (3), sexta (4) e sábado (5). O ex-presidente, porém, já sinalizou que não quer fechar um roteiro e que prefere entrar em um carro e decidir os pontos de parada na hora.
A campanha de Ramagem espera levar Bolsonaro a bairros como Campo Grande, que está entre os seis com maior número de eleitores aptos a votar, segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio de Janeiro, Jacarepaguá, Marechal Hermes, Bento Ribeiro e Cascadura.
Embora a ausência de um cronograma dificulte o trabalho de assessores do candidato à Prefeitura do Rio, há a expectativa de que a espontaneidade de Bolsonaro propicie momentos surpresas como a entrada na casa de um eleitor para tomar café.
Pesquisa Quaest publicada na segunda-feira (30) mostrou o atual prefeito do Rio e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PSD), com 53% das intenções de voto —índice que, se mantido até domingo (6), daria a ele a vitória em primeiro turno.
Ramagem, por sua vez, pontuou em 20%, e Tarcísio Motta (PSOL), o terceiro colocado, apareceu com 6% das intenções de voto.
Havia a expectativa, na campanha do bolsonarista, de que a candidatura do postulante do PSOL decolasse e tirasse de Paes votos de eleitores progressistas, o que não se confirmou.
Sondagens internas, no entanto, indicariam que ainda há espaço para que o prefeito desidrate e não alcance a maioria dos votos no próximo domingo, o que levaria a disputa a ser decidida em um segundo turno.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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