A Polícia Civil em Campinas, no interior de São Paulo, apreendeu R$ 255.780 em espécie em uma caminhonete, com materiais de campanha do candidato a prefeito Pedro Tourinho (PT), nesta quinta-feira (3).
O veículo era conduzido pelo empresário Caetano Flavio Jardim Durigon, 43, sócio de uma empresa que recebeu R$ 160 mil da campanha de Tourinho pelo serviço de publicidade em carros de som.
A polícia não informou se Durigon tinha advogado, e a reportagem não localizou a defesa dele. Na delegacia, o empresário negou relação entre o dinheiro e a campanha eleitoral.
Aos policiais, ele disse ser responsável pelos valores e que carregava o dinheiro porque era dono de uma empresa de eventos e tinha dinheiro em espécie por ser alvo de processos judiciais movidos pela Prefeitura de Itupeva, município vizinho a Campinas. De acordo com a polícia, no entanto, “o condutor não apresentou comprovação imediata”.
A campanha de Tourinho confirmou que a empresa de Durigon é fornecedora da campanha eleitoral bem como da Prefeitura de Campinas. Ressaltou, no entanto, que as informações da Polícia Civil não relacionam o dinheiro com a campanha ou o partido político.
“No que se refere a campanha, tudo devidamente declarado, com emissão de nota fiscal e publicação na prestação de contas junto à Justiça Eleitoral“, completou, em nota.
Um inquérito foi aberto para apurar a origem do dinheiro apreendido. Segundo o boletim de ocorrência, os policiais receberam “informações de inteligência que indicavam a possível circulação de drogas e valores ilegais, envolvendo membros de uma facção criminosa”.
Os agentes abordaram o carro conduzido pelo empresário na rodovia Anhanguera, altura do km 105, no Jardim Aparecida. No veículo, não foram encontradas drogas, “mas o dinheiro apreendido levantou suspeitas, levando à condução do motorista para o 11º Distrito Policial de Campinas”, informou a Polícia Civil.
Ainda de acordo com a investigação, a caminhonete pertencia a outro empresário, de 52 anos, que não teve o nome divulgado. Ele compareceu à delegacia e comprovou a posse do veículo, que foi devolvido ao proprietário.
Todo o material apreendido foi lacrado e encaminhado para perícia, segundo a polícia. O caso foi registrado como apreensão de objetos, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
