Home Sports Aposentado, Iniesta anuncia carreira de treinador – 08/10/2024 – Esporte

Aposentado, Iniesta anuncia carreira de treinador – 08/10/2024 – Esporte

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Andrés Iniesta, lenda da Espanha e do Barcelona, anunciou sua aposentadoria do futebol profissional aos 40 anos, após mais de duas décadas de carreira, nesta terça-feira (8), em uma entrevista coletiva em Barcelona.

“Não posso ficar longe do futebol, foi minha vida e continuará sendo. Agora, continuarei me formando, estou tirando a licença de treinador e é minha próxima etapa. Tentarei voltar a fazer um ótimo trabalho, não será mais correndo atrás da bola, mas de outro lugar”, explicou.

O agora ex-jogador já havia antecipado sua intenção de se aposentar em vídeo postado nas redes sociais na véspera.

Neste evento em Barcelona, o ex-atleta nascido em Fuentealbilla fez uma retrospectiva de sua carreira esportiva, desde seus primeiros passos nas categorias de base do Albacete, sua fase mais bem-sucedida no Barcelona, até seus últimos anos no Vissel Kobe japonês e no Emirates Club dos Emirados Árabes Unidos, seu último clube.

“Estou orgulhoso de ter lutado e trabalhado até a última gota, até o último dia em que fui jogador de futebol, e isso é o maior para mim. Orgulho de nunca desistir, com tristeza porque teria jogado até os 90 anos, mas feliz por ter realizado o sonho de ser jogador de futebol”, afirmou Iniesta, que se emocionou em vários momentos do evento.

Em sua despedida, Andrés Iniesta foi acompanhado por sua família, incluindo sua esposa e filhos, e por muitos rostos do mundo do esporte, como o presidente do Barça, Joan Laporta, Emilio Butragueño representando o Real Madrid, os também companheiros de time Piqué e Xavi Hernández, o atual treinador Hansi Flick e vários jogadores do elenco atual, como Dani Olmo, Gavi e Ansu Fati.

Ícone de uma grande geração

O currículo de Iniesta demonstra o que o meio-campista deixa como legado tanto para o clube catalão quanto para a seleção nacional:

  • uma Copa do Mundo (2010)
  • duas Eurocopas (2008 e 2012)
  • quatro Champions League
  • três Supercopas da Europa
  • três Mundiais de Clubes
  • nove títulos da liga espanhola
  • seis Copas do Rei
  • sete upercopas da Espanha.

O gol que marcou na final da Copa do Mundo de 2010 contra a Holanda, no minuto 116 (prorrogação), para que a Espanha levantasse seu único mundial até agora, na época mais bem-sucedida da Roja, tornou-se o emblema do estilo de jogo conhecido como tiki-taka e de uma das melhores gerações de jogadores espanhóis.

“É uma honra e um privilégio ter estado na melhor época da seleção até hoje. Uma trajetória que se resume no gol da Copa do Mundo de 2010, que, embora eu tenha marcado, foi feito por todos nós, os torcedores, o restante dos jogadores que lutaram para chegar lá e até mesmo Dani Jarque, de onde ele pôde nos ver”, disse Iniesta, em referência ao zagueiro do Espanyol que morreu aos 26 anos de um ataque cardíaco.

Andrés Iniesta é o quinto jogador que mais vezes vestiu a camisa nacional (131) atrás de Sergio Ramos, Iker Casillas, Sergio Busquets (143) e Xavi Hernández (133).

‘O Barcelona mudou minha vida’

No Barcelona, ele conquistou 32 títulos –venceu ao menos uma vez todos os possíveis–, na época mais triunfante do clube.

“Não era apenas jogar, era como jogávamos, como treinávamos, ver a torcida feliz, orgulhosa e ansiosa pelos jogos foi algo mágico e único. A passagem pelo Barcelona simboliza tudo para mim”, apontou a ex-estrela internacional.

No time principal do Barcelona de 2002 a 2018, ele é um dos jogadores com mais partidas disputadas com a camisa azul-grená, 674 jogos.

Ele poderia ter se aposentado no Barça, pois chegou a assinar um contrato “vitalício”, mas decidiu sair aos 34 anos por não ter certeza de “dar o melhor”.

A aposentadoria de Iniesta provocou uma série de reações, como a do argentino Leo Messi, que publicou uma mensagem em suas redes sociais: “Um dos companheiros com mais magia e com quem mais aproveitei jogando juntos. A bola sentirá sua falta e todos nós também. Desejo tudo de melhor para você sempre, você é um fenômeno”.

Durante o evento, vários de seus treinadores expressaram reconhecimento da importância do meia.

“Pela sua magnitude, intensidade e condição, foi uma sorte tê-lo como companheiro e poder treiná-lo”, declarou Luis Enrique, atual técnico do PSG e treinador do Barcelona de 2014 a 2017.

“Espero que continue ligado ao mundo do futebol”, disse Pep Guardiola, treinador do City e do Barcelona de 2008 a 2012.

O ex-técnico da seleção espanhola Vicente del Bosque acrescentou que ele foi um jogador com “uma habilidade e técnica extraordinárias”.

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