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como a falta de energia causou reviravolta na disputa pela prefeitura de Macapá (AP) em 2020 – Política – CartaCapital

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O apagão que afeta a cidade de São Paulo desde a última sexta-feira 11 — e ainda não totalmente solucionado — virou um dos temas do segundo turno da disputa pela prefeitura da cidade. 

O candidato Guilherme Boulos (PSOL), por exemplo, lançou um vídeo no final de semana em que aparece em casa, alegando estar sem energia há quase 24 horas. Ele culpa o prefeito (e seu adversário na disputa) Ricardo Nunes (MDB) pelo transtorno causado não só a ele, mas a diversos moradores da capital paulista.

Nunes, por sua vez, se defende dizendo que a responsabilidade é da Enel — a concessionária responsável pela prestação do serviço no Estado. Até o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) entrou no tema, pedindo a extinção do contrato de concessão com a empresa.

Se o apagão será capaz de reverter votos de Nunes para Boulos, é algo que os próximos capítulos da disputa eleitoral dirão. No passado recente, porém, uma situação semelhante causou uma reviravolta no pleito de outra capital brasileira: Macapá, no Amapá.

Na eleição de 2020, Josiel Alcolumbre (DEM) buscava a eleição na capital amapaense quando, no dia 3 de novembro, um apagão de grandes proporções atingiu praticamente todo o estado. Irmão do então presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ele era o favorito na disputa.

O pleito daquele ano já iria acontecer em data posterior à habitual, o mês de outubro, por conta dos efeitos da pandemia de Covid-19, mas o apagão, que durou mais de três semanas, fez a votação ser adiada para dezembro.

O apagão levou Macapá e o estado do Amapá, como um todo a uma crise social sem precedentes. Cerca de 90% de toda a população do estado enfrentou problemas não apenas no fornecimento de energia, mas no abastecimento de água e em serviços básicos, como telefonia e internet.

Josiel Alcolumbre liderava a disputa no primeiro turno, mas sofreu uma virada inesperada no segundo turno. O eleito foi Dr. Furlan (Cidadania), que foi reeleito no primeiro turno deste ano.

Em meio à falta de energia e à tensão social, os candidatos de oposição não hesitaram em desgastar a candidatura de Josiel. Ele era apoiado pelo governador Waldez Góes (PDT) e pelo então prefeito da capital, Clécio Luís (sem partido).

“É muito sofrimento, muita dor para a população. A gente não vê as nossas autoridades tomando as devidas providências, buscando assistência para esse povo que está sofrendo”, disse Dr. Furlan. 

Outro candidato na disputa, o ex-senador João Capiberibe (PSB), apontou que “governo e prefeitura se movem muito lentamente para acudir a população. A maioria das pessoas está nas portas das casas por causa do calor e não consegue dormir à noite. É uma angústia e um nível de ansiedade muito grande”.

À época, o próprio Davi Alcolumbre atribuiu a derrota do irmão ao apagão. “O maior prejudicado desse apagão chama-se Josiel Alcolumbre, que ia ganhar a eleição no primeiro turno”, reconheceu o senador, antes mesmo do término da eleição.

Neste ano, em São Paulo, não apenas as críticas a Nunes foram feitas diretamente por Boulos, mas pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que, nesta segunda-feira 14, indicou que “ainda dá tempo do prefeito se preocupar com questão urbanística”.

Atualmente, Nunes lidera a disputa contra Boulos com 55% das intenções voto, contra 33% do psolista, segundo a mais recente pesquisa Datafolha. Os primeiros sinais dos efeitos do apagão sobre a candidatura de Nunes poderão ser medidos na próxima rodada da pesquisa da consultoria Quaest, que deve ser divulgada na próxima quarta-feira 16.

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