O candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), apresentou, nesta terça-feira 15, um conjunto de ações para enfrentar as emergências climáticas, tendo como foco o recente apagão de energia que a cidade de São Paulo enfrenta.
A concessionária Enel informou que, até as 11h30 desta terça-feira, cerca de 220 mil imóveis de cidades da Grande São Paulo continuavam sem energia elétrica, no quarto dia de apagão, que chegou a atingir mais de um milhão de residências.
Boulos elencou medidas em três eixos prioritários – zeladoria urbana, zeladoria de emergência e combate à emergência climática – e garantiu que elas serão incorporadas ao seu governo, caso eleito à Prefeitura de São Paulo.
No eixo da zeladoria, o candidato prometeu criar um programa municipal de manejo de árvores que envolverá, em um primeiro momento, mapa e hierarquização dos riscos de quedas e, em um segundo momento, ações de poda preventiva, remoção e novos plantios. Também prometeu aplicar a tecnologia de chipagem de árvores formando um sistema preventivo para manejo e podas e melhorar os pedidos feitos pela população.
“Temos 7.600 pedidos de poda e manejo arbóreo na cidade de São Paulo não atendidos. Isso representa 40% do total de pedidos. A prefeitura atendeu pouco mais da metade dos pedidos de poda e manejo”, criticou, em coletiva feita em hotel da cidade de São Paulo.
Também está previsto o enterramento dos cabos de energia e comunicação, a partir de um cronograma que dará prioridade às ruas onde a fiação está comprometida, é antiga e apresenta riscos de segurança. A ação de aterramento será feita junto com o Programa de Reforma de Calçadas.
No eixo zeladoria de emergência, Boulos anunciou, entre outras medidas, a criação de um canal oficial, Zap do Clima, para envio de mensagens de comunicação preventiva e alertas em momentos críticos. Os alertas e mensagens educativas também serão emitidos pelo aplicativo da Prefeitura, São Paulo na Palma da Mão.
O candidato ainda prometeu uma pasta dedicada ao tema em seu mandato, a secretaria de Energia e Mudanças Climáticas.
Durante a agenda, Boulos voltou a criticar o rival, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), pelo apagão na cidade de São Paulo.
“Esse apagão tem dois responsáveis, uma mãe e um pai, a mãe do apagão é a Enel, uma empresa horrorosa que, no ano que vem, a gente assumindo a Prefeitura, vamos trabalhar dia e noite para tirar daqui. É reflexo de uma política que acredita que privatização resolve tudo. Mas esse apagão também tem pai e ele se chama Ricardo Nunes, que não fez podas de árvores, não preparou a cidade, não fez o mínimo, o básico, para que São Paulo não vivesse o que vivemos nos últimos dias”.
