A Controladoria-Geral da União anunciou nesta quarta-feira 16 que vai abrir foi instaurada uma investigação preliminar para apurar possíveis irregularidades envolvendo dirigentes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O inquérito é em resposta às denúncias encaminhadas pelo Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A investigação, conforme a CGU, corre em sigilo para “garantir a integridade das apurações e o devido processo legal”.
Alexandre Silveira tem cobrado a Aneel para se posicionar de forma mais firme em relação ao apagão na cidade de São Paulo e na região metropolitana da capital.
Na segunda-feira 14, o ministro convocou o diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, para entender que medidas estão sendo tomadas para sanar o problema. No ofício, Silveira disse que o ministério “não irá admitir qualquer omissão por parte dessa agência reguladora”.
Não é a primeira vez que o ministro se mostra insatisfeito com a agência. No sábado, respondendo uma publicação do prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), Silveira disparou: “O que anda fazendo a Aneel, agência ocupada por indicações bolsonaristas, que não dá andamento ao processo de caducidade que denunciei há meses?”, disse.
No começo do ano, o Ministério de Minas e Energia determinou à Aneel a abertura de processo contra a Enel. O atual presidente da Aneel foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021 e tem mandato até agosto de 2027.
O apagão que atinge São Paulo desde a semana passada se tornou um dos temas centrais da disputa do segundo turno entre Nunes e Guilherme Boulos (PSOL).
Nunes acusa o governo Lula (PT) de defender a continuidade da concessão, que apoia Boulos, enquanto o psolista reforça a falta de ações de zeladoria na cidade pioraram o cenário.