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Datafolha: Nunes herda 83% de Bolsonaro e 26% de Lula – 17/10/2024 – Poder

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O prefeito Ricardo Nunes (MDB) atrai 83% dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL) e 26% dos de Lula (PT) no segundo turno à Prefeitura de São Paulo, mostra nova pesquisa Datafolha. Já Guilherme Boulos (PSOL) tem 65% dos apoiadores do presidente e apenas 5% do ex-presidente.

O cenário, em geral, é de estabilidade em relação ao levantamento da semana passada, quando Nunes registrou 85% entre os bolsonaristas, e o deputado federal, 63% entre os votantes do petista.

A maior variação desta vez ocorreu entre quem votou em Lula em 2022 e agora diz optar por Nunes. Essa parcela oscilou negativamente, de 31% para os atuais 26%, dentro da margem de erro, que é de quatro pontos percentuais para cima ou para baixo nesse segmento.

Entre os votantes de Bolsonaro, 13% ainda afirmam que votarão em branco ou nulo, parcela que é menor no grupo de Lula (7%).

As mesmas tendências se repetem entre eleitores de Tarcísio de Freitas (Republicanos), grande fiador da campanha do prefeito, e Fernando Haddad (PT), cujo partido indicou Marta Suplicy como candidata a vice do deputado.

A pesquisa mostra que 81% dos que votaram no atual governador nas últimas eleições gerais vão optar por Nunes, e só 7%, por Boulos. Já entre apoiadores do atual ministro da Fazenda, a preferência é pelo psolista (64%), mas o emedebista tem 26%, números também parecidos com os da semana passada.

No cenário geral, o prefeito aparece na frente a dez dias do segundo turno, com 51%, contra 33% de Boulos.

Encomendado pela Folha e pela TV Globo, o levantamento entrevistou presencialmente 1.204 pessoas de terça (15) até esta quinta (17) e está registrada na Justiça Eleitoral sob o código SP-05561/2024. A margem de erro geral é de três pontos percentuais —e sobe para quatro pontos entre eleitores de Lula e Haddad, e cinco entre eleitores de Bolsonaro e Tarcísio.

Nunes e Boulos disputam principalmente o eleitorado que escolheu o influenciador Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno, concentrado em bairros de classe média das zonas leste e norte da cidade e atraído, entre outras coisas, pelo discurso do empreendedorismo.

Na tentativa de se aproximar do eleitor bolsonarista que migrou para o autodenominado ex-coach, Nunes trocou a ênfase em obras de sua gestão por pautas conservadoras como drogas e aborto nas últimas semanas antes da votação, além de participar de uma série de encontros com pastores e fiéis.

Já o deputado decidiu dar atenção especial às propostas voltadas para trabalhadores precarizados de regiões periféricas da cidade, como motoristas e entregadores de plataformas de aplicativos, além de pequenos e médios empresários.

Em sabatina da Folha/UOL/RedeTV! nesta quinta —à qual Nunes faltou— ele disse que sua campanha “teve a compreensão e a humildade de fazer um mea culpa” sobre não ter atingido o eleitor desse segmento e admitiu que o campo progressista e da esquerda “não dialogou com uma parte importante dos trabalhadores”.

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