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Portos e Aeroportos e associação fecham parceria por descabonização

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Portos e Aeroportos e ATP firmam parceria para promover estudos para reduzir a emissão de gases no transporte marítimo

O Ministério de Portos e Aeroportos e a ATP (Associação de Terminais Portuários Privados) celebraram, nesta 5ª feira (24.out.2024), um acordo para a realização de ações conjuntas em prol da sustentabilidade no transporte marítimo.

O documento foi assinado no 11º Encontro ATP, cujo tema foi “Transição Energética no Transporte Marítimo – Ameaças e oportunidades para os Terminais Portuários Brasileiros”.

A parceria prevê a colaboração na elaboração de estudos e relatórios técnicos sobre a descarbonização do modal, bem como o compartilhamento de dados e informações relevantes para a construção da Política de Sustentabilidade.

Para Eduardo Nery, diretor-geral da Antaq (Agência Nacional de Transporte Aquaviário), o Brasil está preparado para cumprir a meta da IMO (Organização Marítima Internacional, na sigla em inglês) de zerar as emissões líquidas de GEE (Gases de Efeito Estufa) até 2050.

“A agência e a ATP vem se ocupando de incentivar, criar guias, melhorar a questão de medidas de mudanças climáticas e definir indicadores e metas. Não pode ser um exercício de improvisação, tem que ter plano, monitoramento, acompanhamento e, acima de tudo, resultados e benefícios mensurados”, disse.

Contudo, Nery afirmou que ainda há muito trabalho a ser feito. “Como o almirante Murillo [Barbosa, diretor-presidente da ATP] bem colocou, há metas de descarbonização a serem cumpridas. Só que o primeiro passo para saber se elas serão cumpridas é medi-las. Hoje, nós não temos esses instrumentos de medição […] esperamos uma entrega até o final deste ano”, afirmou.

Em linha, Marina Pescatori, secretária-executiva dos Portos e Aeroportos, destacou que novos desafios dificultam o planejamento de sustentabilidade. “No último ano, tivemos 12 eventos climáticos extremos no país, sendo 9 sem precedentes. Então vai ser cada vez mais difícil planejar […] temos que nos antecipar com medidas para que esse evento climático não resulte na necessidade de investimento muito maior do que o inicialmente proposto”, declarou.

No contexto global, Pescatori explicou que o transporte marítimo é responsável por 3% das emissões globais de gases do efeito estufa, com 1,056 bilhões de toneladas de CO₂ emitidas em 2023 –um crescimento de 20% nos últimos 10 anos.

“Vamos precisar investir muito no Brasil, investimentos públicos e privados, e financiamentos para que possamos, efetivamente, fazer com que nossas infraestruturas se adaptem. Precisamos olhar para a infraestrutura como um todo, da produção para os transportes, precisamos de modalidades mais eficientes. Cada vez mais precisamos migrar no transporte, aumentar a cabotagem”, finalizou.

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