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Tolerância zero, diz Barroso sobre venda de decisões judiciais

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Presidente do STF se posiciona sobre o caso após investigações da PF sobre corrupção no TJ-MS

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta 6ª feira (25.out.2024) que “não haverá tolerância ou condescendência” com desembargadores do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) acusados de vender sentenças caso as suspeitas sejam confirmadas.

A declaração foi dada ao jornal Folha de S. Paulo e confirmada pelo Poder360. Barroso se posiciona sobre o caso enquanto a PF (Polícia Federal) iniciou investigações sobre corrupção no TJ-MS, que incluem a venda de decisões judiciais.

A integridade pessoal, a competência técnica e a imparcialidade são os atributos que dão legitimidade ao Poder Judiciário. Pré-julgamentos ou julgamentos precipitados são incabíveis, mas onde quer que existam coisas erradas, não haverá tolerância ou condescendência”, disse Barroso.

O inquérito, sob responsabilidade do ministro Cristiano Zanin no STF, ganhou atenção após a operação da PF resultar no afastamento de 5 desembargadores, incluindo o presidente do TJ-MS, Sérgio Fernandes Martins, por 180 dias.

As medidas contra os magistrados envolvem proibições de acesso a órgãos públicos, proibição de se encontrarem e uso de tornozeleira eletrônica. As investigações apuram supostos crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, extorsão e organização criminosa.

OPERAÇÃO ULTIMA RATIO

Cinco desembargadores do TJ-MS, incluindo o presidente do órgão, Sérgio Fernandes Martins, foram afastados na 5ª feira (24.out) sob suspeita de falsificação, venda de sentenças e outros crimes. A PF cumpriu 44 mandados de busca e apreensão contra funcionários públicos, advogados e empresários. As operações foram realizadas em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT).

Os afastados são:

  • Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJ-MS;
  • Vladimir Abreu da Silva;
  • Alexandre Aguiar Bastos;
  • Sideni Soncini Pimentel;
  • Marco José de Brito Rodrigues.
  • Osmar Domingues Jeronymo, conselheiro do Tribunal de Contas de MS;
  • Danillo Moya Jeronymo, funcionário público do TJ-MS.

As investigações ainda envolvem um juiz de 1ª Instância, 2 desembargadores aposentados e um procurador de Justiça.

A operação Ultima Ratio é resultado de uma investigação de 3 anos da PF. Duzentos policiais federais foram mobilizados. “Ultima Ratio” é uma expressão em latim que significa “última razão” ou “último recurso”. É usada para designar uma medida extrema, que deve ser empregada apenas quando todas as outras opções ou alternativas já foram esgotadas.

APREENSÃO MILIONÁRIA

Durante a operação, a PF apreendeu quase R$ 3 milhões em dinheiro vivo na casa do desembargador aposentado Júlio Roberto Siqueira Cardoso. As informações são do g1.

Cardoso se aposentou do TJ-MS neste ano, depois de 40 anos de magistratura. Em imagens da PF, é possível ver notas de R$ 50, R$ 100, R$ 200 e dólares apreendidos na casa do ex-desembargador.

Em nota, o TJ-MS afirmou que os investigados terão todo o direito de defesa e os fatos ainda estão sob investigação, “não havendo, por enquanto, qualquer juízo de culpa definitivo”.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul seguirá desenvolvendo seu papel de prestação jurisdicional célere e eficaz, convencido de que aos Desembargadores, magistrados e servidores referidos, será garantido o devido processo legal”.

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