João Rebello, ex-ator mirim da Globo, se mudou para Trancoso, distrito de Porto Seguro, na Bahia, para realizar um sonho. Quem revela a história é a irmã dele, Maria Carol Rebello, que participou do “Encontro”, da TV Globo, nesta segunda-feira (28), onde falou sobre a morte do artista.
Segundo Maria, no dia em que o irmão foi assassinado, ela tinha acabado de conversar com ele por telefone. Além disso, a mãe deles, que também se chama Maria, conversou durante horas com o filho naquele dia.
Porém, pouco depois, Karine, sua cunhada, enviou uma mensagem e logo ela “pressentiu” que tinha acontecido algo com seu irmão. “Imaginei um acidente, qualquer coisa que tinha acontecido com meu irmão”, diz.
Ela reflete sobre os últimos dias: “Parece que a gente está, assim, flutuando, que é um pesadelo, que você vai acordar e não é verdade. É um minuto a cada minuto. Estamos ficando muito juntos. Essas horas que a gente vê que tem muito amigo.’
João realizou sonho de morar em Trancoso
Maria explica que desde os anos 90 ela e seu irmão frequentam Trancoso, onde colecionaram muitas memórias boas. “Trancoso é um lugar que a gente tem um afeto especial desde criança, que minha mãe ama, ela sempre nos levou para lá”, comenta.
“Depois da pandemia, meu irmão decidiu realizar o sonho dele de morar lá, escolheu o terreno, construiu a casa dele, estava lá fazendo o que sabe melhor fazer: espalhar arte, fazer música”, continua.
Conforme Maria, ela tinha passado dois meses em Trancoso com o irmão, mas estava no Rio de Janeiro quando ele foi assassinado. Ela explica, ainda, que já estava com data para voltar ao local.
Morto por engano
João Rebello foi assassinado dentro do próprio carro a tiros na noite de quinta-feira (24). Maria diz ter certeza que ele foi morto por engano e espera que isso seja esclarecido nas investigações.
“Não acredito não, tenho certeza. O João era artista, ele fazia música, ele fazia festas, criava sonhos. Meu irmão desde os 6 anos trabalha com arte, a gente nasceu dentro do teatro, dentro da televisão”, conta.
“Meu irmão não tinha inimigos, ele era um cara que, além da arte, tinha uma criação espírita. Crescemos num terreno de Umbanda. Somos herdeiros de muita luz e espiritualidade. Meu irmão trabalhava e buscava isso. Ele estava nesse caminho, nesse processo de crescimento espiritual, de busca, de se conhecer”, continua.
Maria diz se apegar à fé neste momento. “A única foi que conforta meu coração na morte do meu irmão é tentar entender que estava no processo dele espiritual. Por que tem que ser dessa forma? É o que a gente se pergunta. E eu só penso isso: era parte do processo espiritual.”
