Maria Carol Rebello, irmã de João Rebello, ex-ator mirim da Globo, disse que o irmão foi “executado brutalmente” por engano no distrito de Trancoso, em Porto Seguro, na Bahia. Durante participação no “Encontro”, da TV Globo, nesta segunda-feira (28), ela explicou que tem se apegado à fé para lidar com a morte do irmão.
Sobre as investigações, ela declarou: “É muito delicado eu falar isso porque foi um crime muito brutal. Meu irmão não foi assaltado e levou um tiro. Ele foi executado brutalmente”.
“A Polícia Civil está investigando. Eu, particularmente, acho tudo muito lento e confuso, mas não posso falar. Estamos com nossa assistência jurídica pra tentar levar o caso para a Polícia Civil de Porto Seguro por ter mais estrutura para investigar isso”, acrescenta.
Questionada sobre a segurança de Trancoso, ela reflete: “O que acontece em Trancoso é o que acontece no mundo todo. A gente vive uma guerra civil e vai sobrevivendo, fingindo que tá tudo bem. Lá não é diferente”.
Morto por engano
João Rebello foi assassinado dentro do próprio carro a tiros. Maria diz ter certeza que ele foi morto por engano e espera que isso seja esclarecido nas investigações.
“Não acredito não, tenho certeza. O João era artista, ele fazia música, ele fazia festas, criava sonhos. Meu irmão desde os 6 anos trabalha com arte, a gente nasceu dentro do teatro, dentro da televisão”, conta.
“Meu irmão não tinha inimigos, ele era um cara que, além da arte, tinha uma criação espírita. Crescemos num terreno de Umbanda. Somos herdeiros de muita luz e espiritualidade. Meu irmão trabalhava e buscava isso. Ele estava nesse caminho, nesse processo de crescimento espiritual, de busca, de se conhecer”, continua.
Maria diz se apegar à fé neste momento. “A única foi que conforta meu coração na morte do meu irmão é tentar entender que estava no processo dele espiritual. Por que tem que ser dessa forma? É o que a gente se pergunta. E eu só penso isso: era parte do processo espiritual.”
Ela conta que seu irmão era querido por todos e lamenta especulações nas redes sociais. “A gente sempre fez arte, porque a gente ama, porque tem algo a dizer, transformar o mundo, o olhar das pessoas, e não pela fama. Eu não tinha muitos seguidores, meu irmão muito menos. A gente não tinha essa dinâmica com publicidade e com a fama, mas com a arte”, começa.
Ela segue: “Pela primeira vez eu pude entender o que passa quem lida com isso, como se adoece a partir de tudo que as pessoas falam sem saber, o que escrevem e emanam de negatividade atrás de uma tela. Sabia disso, mas não tinha noção de como isso fere. É uma falta de respeito, educação, empatia, de conhecimento e sabedoria. As pessoas estão falando de alguém que elas não conhecem”, encerra.
