Ministra da Segurança, Patricia Bullrich afirma que suposto crime foi cometido pelo ex-presidente da Bolívia durante período de asilo no país
A ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, disse no sábado (2.nov.2024) que o seu órgão levou à Justiça uma acusação contra o ex-presidente boliviano, Evo Morales, por suposto crime de abuso sexual e tráfico de pessoas. A conduta teria se dado durante seu período de asilo político no país, concedido pelo ex-presidente Alberto Fernández (2019-2023).
“Recebemos há 15 dias no Ministério da Segurança uma acusação particular a respeito desta conduta de Evo Morales e a judicializamos”, declarou em entrevista à rádio argentina Plaza.
Em publicação em seu perfil no X (ex-Twitter), Bullrich divulgou o trecho da entrevista à rádio e escreveu: “Nesta Argentina do presidente Javier Milei, quem faz, paga”.
A chefe da Segurança disse que o Ministério não divulgou a informação antes em razão da escalada de violência e tensão política na Bolívia.
“Essa denúncia do Ministério de Segurança está circulando há 15 dias. Não divulgamos [o caso] antes por causa dos níveis de violência na Bolívia neste momento. Não nos pareceu adequado. A Justiça também não publicizou o caso. Mas essa 1ª denúncia chegou ao Ministério de Segurança e foi judicializada de maneira imediata. Com a divulgação de outras denúncias, já estamos em condições de dizer”, declarou.
ABUSO SEXUAL
Segundo o jornal argentino La Nación, o ex-presidente boliviano é acusado de conviver com menores durante sua estadia na Argentina, de 2019 a 2020. As vítimas teriam sido trazidas da Bolívia para desempenhar funções domésticas na residência paga pelo governo argentino.
O Ministério Público boliviano também investiga Morales por suposto abuso sexual de uma adolescente de 15 anos na cidade de Yacuba-Tarija, na Bolívia.