Home Sports Hulk x Gabi, o duelo do bagageiro – 04/11/2024 – Sandro Macedo

Hulk x Gabi, o duelo do bagageiro – 04/11/2024 – Sandro Macedo

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Um dos dois será, com justiça, campeão da Copa do Brasil no próximo domingo (10): ou Hulk, do Atlético-MG, ou Lil Gabi, do Flamengo, em clara campanha para recuperar a antiga alcunha.

Ambos têm currículo recente robusto nos respectivos clubes. Hulk foi campeão brasileiro e da Copa do Brasil, ganhou uma Supercopa (contra o Flamengo) e até, pasmem, quatro títulos do Mineirinho. Lil Gabi é um dos últimos remanescentes do oscarizado Flamengo de 2019, ganhou de tudo, fez gols em finais vencida e perdida da Libertadores (e perdeu uma Supercopa para o Atlético).

Como se vê, os dois carregam muita bagagem. Talvez por isso são considerados dois dos principais malas do futebol brasileiro.

Este humilde escriba não duvida de que devem ser pessoas divertidas em algum grau fora dos gramados. Hulk é sempre sorridente, beija criancinha e conhece a história dos principais ídolos do time mineiro, algo raro. Lil também sorri, tem uma legião de fãs, uma coleção inestimável de camisetas para o horário do samba… e, aparentemente, sabe fazer rimas. Não é pouco.

Mas como são malas nos 90 minutos. Haja bagageiro.

Desde que voltou ao futebol brasileiro, Hulk se acha injustiçado por árbitros. De fato, alguns lances que certamente seriam faltosos em atacantes menos dotados —como Bernard, o de pernas alegres— não são apitados contra Hulk. É como se ele fosse culpado por ser tão ou mais forte que os zagueiros.

Dito isso, Hulk, em campo, é mala para caramba. Não fica dois minutos sem reclamar. Os jogos do Atlético poderiam se dividir em tempo de bola rolando, tempo de bola parada e tempo de Hulk reclamando.

Além dos árbitros e rivais, ele discute agora com os próprios companheiros. Outro dia tirou do sério até o boa-praça Gustavo Scarpa, que é skatista, mas também não leva desaforo para casa.

Na final de domingo, no Maracanã, Hulk resolveu discutir com o companheiro Battaglia. Não se deve cobrar atitude de um jogador argentino chamado Battaglia, mas Hulk não liga para as convenções. Tudo resolvido no vestiário, dizem.

No mesmo Maracanã, um pouco antes da confusão Battaglia x Hulk, Lil Gabi foi mala com o próprio treinador, míster Filipe Luís. Lil deveria fazer uma oração (com rima) toda noite pelo novo treinador, ex-companheiro de Flamengo.

E deveria dizer apenas “sim, senhor” a qualquer pedido na beira do campo. Mas Lil, vulgo Gabigol, é orgulhoso, metido, mala mesmo, e não gostou de ser cobrado pelo chefinho.

“Fala só comigo?”, teria dito o atacante trapper (trap é o gênero musical de Lil, avisa-me o repórter de música da Ilustrada). Irritado, o professor Filipe teria chamado Lil de “moleque”.

E Lil sabe que moleque (não) rima com gol. Fez dois. Para alegria de toda a torcida rubro-negra. E gol, como todos sabem, é antídoto para qualquer discussão em campo.

No próximo domingo, só uma mala vai comemorar.

Round 38 – Caixinha furada

Às vésperas do Halloween, o Red Bull Bragantino achou apropriado cortar a cabeça do luso Pedro Caixinha. Em seguida, ressuscitou Fernando Seabra, que tinha morrido no Cruzeiro.

Assim, restaram sete sobreviventes desde o round 1: Brasileiros 3* x 4 Estrangeiros, dois portugueses e dois argentinos (*contando Roger Machado).


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