O Governo Central teve déficit R$ 5,3 bilhões em setembro deste ano, o pior para o mês desde 2020. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (7) pelo Ministério da Fazenda.
O Governo Central reúne as contas do Banco Central, da Previdência Social e do Tesouro Nacional, que é uma espécie de caixa do governo. O déficit acontece quando o governo gasta mais dinheiro do que arrecada com tributos e impostos.
O que aconteceu foi que, em setembro, o Tesouro Nacional e o Banco Central tiveram, juntos, contas positivas de R$ 20,9 bilhões.
Mas, a Previdência Social teve resultado negativo de R$ 26,2 bilhões. Daí, somando tudo, a gente encontra esse déficit de R$ 5,3 bilhões do chamado Governo Central.
O valor ficou acima das expectativas do próprio governo, que apontavam para um resultado negativo de R$ 2 bilhões.
Uma das causas do déficit foi a falta de transferência do antigo fundo PIS/Pasep para o Tesouro, que afetou a receita do mês.
E a antecipação de R$ 4,3 bilhões em precatórios previstos para 2025 referentes ao Rio Grande do Sul, por conta das cheias, o que impactou as despesas.
Em relação a abril de 2023, descontada a inflação, o tombo foi de quase R$ 17 bilhões.
No acumulado do ano até setembro, o déficit é R$ 105,2 bilhões, contra R$ 94,3 bilhões negativos no mesmo período do ano passado.
Apesar do resultado, o secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, Rogério Ceron, adiantou que o governo está mais próximo de cumprir a meta do ano. Isso porque em outubro, os dados iniciais mostram superávit.
De acordo com a Lei Orçamentária Anual, ao final de 2024, o Governo Central deve ter um resultado que fique entre R$ 9 bilhões positivos e R$ 28 bilhões negativos.