A dançarina australiana de breaking Rachael Gunn, conhecida como ‘Raygun’, anunciou que não vai mais participar de competições. A decisão, segundo ela, ocorreu por causa da série de críticas sobre sua participação durante os Jogos Olímpicos de Paris.
“Diante das reações realmente perturbadoras, não vou participar de mais competições”, declarou em entrevista à rádio australiana 2DayFM.
Sua apresentação nos Jogos, inspirada nos cangurus, foi parodiada nas redes sociais e em programas de televisão. Raygun deixou a competição na França sem vitórias e sem conseguir somar pontos em nenhuma de suas três apresentações.
“Estava me preparando para continuar competindo, mas tem sido realmente difícil”, acrescentou, ao comentar sobre o nível de atenção que atrai. “Ainda danço e ainda faço breaking. Mas na minha sala de estar, com meu parceiro.”
Rachael é pesquisadora na área de política cultural do breaking e possui doutorado em estudos culturais. Ela também é professora na Universidade Macquarie, onde leciona sobre temas como mídia, indústrias criativas, música e dança.
Apesar das piadas, a australiana foi classificada pela associação de breaking de seu país como a melhor dançarina da modalidade em 2020 e 2021. Ela também representou a Austrália no Campeonato Mundial de Breaking durante três anos, de 2021 a 2023, e venceu o Campeonato da Oceania no ano passado.
Em setembro, a b-girl chegou a se tornar a número um do mundo.
Uma petição online que acusava Rachael de manipular o procedimento de qualificação para garantir sua vaga em Paris atraiu 50 mil assinaturas, antes de ser removida a pedido do AOC (Comitê Olímpico Australiano).
O comitê também refutou a alegação de que o marido da dançarina, Samuel Free, que é seu treinador, estava envolvido em sua seleção. Ela disse que as “teorias da conspiração eram totalmente absurdas.”
O breaking foi retirado do programa olímpico para os Jogos de 2028, em Los Angeles. Rachael disse que não consideraria sair da aposentadoria se a modalidade retornasse aos Jogos.
Com agências