Teve eleito, não eleito e os suplentes – sendo aqueles que podem eventualmente, assumir ou não o cargo. Entre eles, ex-atletas, influenciadores, jornalistas e atores se candidataram para cargos de vereador, prefeito ou vice-prefeito nas Eleições 2024. Alguns já seguem carreira de política há algum tempo, tendo exercido mandatos como vereadores ou deputados.
Entre os eleitos estão Thammy Miranda (PSD), o ex-marido da apresentadora Ana Hickmann, Alexandre Correa (Avante), Alexandre Frota (PDT) e Ana Carolina Oliveira (Podemos), mãe da menina Isabela Nardoni, que foi a segunda vereadora mais votada em São Paulo. Já outros, como o ator Babu Santana e Zilu Camargo (União Brasil), ficaram apenas como suplentes.
Pensando nisso, a reportagem da Itatiaia separou alguns famosos, que foram derrotados e quem ganhou as eleições deste domingo (6).
Quem não foi eleito:
O apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB) disputou o cargo de prefeito de São Paulo e não foi eleito. Ele terminou a disputa em 5º lugar, com 1,84% dos votos. Datena teve apenas 112.344 votos, menos do que o vereador mais votado da cidade, Lucas Pavanato (PL), com mais de 160 mil votos.
Após a derrota, Datena disse que não irá apoiar nenhum de seus adversários no 2º turno e que, a quantidade de votos que teve não faz diferença. Nas últimas semanas, o nome do apresentador de TV ficou em alta, após agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada durante um debate com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, organizado pela TV Cultura.
Sobre ex-BBBS, Mara Viana, vencedora da edição de 2006 do reality, não foi eleita. Ela se candidatou a vice-prefeita em Porto Seguro, na chapa encabeçada por Luigi Rotunno (PSDB). Mara recebeu 12.031 votos, Rotunno ficou em 3º lugar na eleição. O vencedor foi Janio Natal (PL), que recebeu 45.601 votos, ou 53,94% do total.
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Cristina Prochaska (PSOL)
Dos jornalistas, Cristina Prochaska (PSOL) disputou a prefeitura de Ubatuba (SP), mas não foi eleita. Ela que também é atriz, teve apenas 402 votos, que representaram 0,77% do total. Cristina deu vida à personagem Lais em “Vale Tudo” (1988-1989, Globo) e Carola em “Direito de Amar” (1987).
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Alexandre Correa (Avante) ex-marido de Ana Hickmann
Empresário e ex-marido de Ana Hickmann, Alexandre Correa (Avante) não foi eleito vereador em São Paulo. A apresentadora da TV Record e ele tiveram um divórcio conturbado no fim do ano passado, após Ana acusar Alexandre por agressão. Hickmann entrou com um pedido de divórcio com base na Lei Maria da Penha em novembro de 2023, após registrar um boletim de ocorrência por violência doméstica e lesão corporal.
Durante toda a campanha, Alexandre pregava pelo “direito dos homens” e contra “denúncias falsas” por meio de Lei Maria da Penha. Ele teve 2.246 votos.
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Welington Camargo (Avante)
Irmão dos cantores sertanejos Zezé di Camargo e Luciano, Welington teve 746 votos e não se elegeu. Na semana passada, Welington Camargo, precisou ser internado no Hospital Municipal de Campo Limpo, em São Paulo, para tratar um quadro de trombose aguda na perna. Ele, que é paraplégico, foi hospitalizado no dia (1º).
Welington nasceu em Pirenópolis e se mudou para Goiânia para tratar de uma poliomielite quando ainda tinha 2 anos. Aos 27 anos, ele foi sequestrado, e o caso mobilizou o país. Durante os 94 dias em que ficou em cativeiro, em uma chácara, ele teve metade da orelha esquerda cortada pelos sequestradores.
Quem foi eleito:
Filho da cantora Gretchen, Thammy Miranda, foi reeleito vereador em São Paulo, com 50.234 votos, sendo a 22ª maior votação desta edição. A marca supera sua eleição em 2020, quando teve 43.297 votos. Em 2016, Thammy também foi candidato a vereador de São Paulo pelo PP, obteve 12.408 votos nas eleições e ficou como suplente da coligação.
O ator Alexandre Frota (PDT) voltou a ser eleito, MAS desta vez como vereador em Cotia, em São Paulo. Frota recebeu 2.893 votos sendo eleito por média — quando sobram vagas para o cargo e elas são preenchidas através do cálculo da média do partido, determinada pela divisão do número de votos válidos pelo quociente partidário mais um.
Ex-apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, Frota também foi largado pelo eleitor bolsonarista. Eleito deputado federal em 2018, com 155.522 votos, foi expulso do PSL após fazer críticas ao ex-aliado. Em 2022, tentou uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo, mas não foi eleito. Teve pouco mais de 24 mil votos.
A influenciadora e comentarista de política Zoe Martinez foi eleita vereadora em São Paulo. A cubana naturalizada brasileira teve 60.272 votos, um 13º lugar entre os mais votados da cidade.
Suplentes
Já os suplentes são aqueles que podem, eventualmente, substituir quem foi eleito por determinados motivos (como renúncia, morte, licença-médica ou até decisão judicial, por exemplo) ou passar os quatro anos fora da Câmara, sem assumir.
É o caso dos seguintes famosos:
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Zilu Camargo (União Brasil)
Mãe da cantora Wanessa e ex-mulher do cantor Zezé di Camargo, Zilu Camargo (União Brasil) não foi eleita vereadora em São Paulo, mas ficou como suplente. Ela teve 4.579 votos, apenas 0,08% do total.
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Joice Hasselmann (Podemos)
A jornalista Joice Hasselmann (Podemos) não foi eleita vereadora em São Paulo, mas ficou como suplente. Ela teve apenas 1.673 votos, em mais uma perda de eleitores que vem encolhendo eleição a eleição. Em 2018, Joice foi a mulher mais votada para a Câmara dos Deputados na história do Brasil, com 1 milhão de votos. Ela era uma das principais aliadas do presidente Jair Bolsonaro, com quem rompeu em 2019.
Abandonada pelo eleitorado bolsonarista, ela concorreu ao mesmo cargo em 2022, perdendo 99,9% dos eleitores. Na ocasião, foram 13.679 votos.
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Sérgio Hondjakoff (Cidadania)
O cabeção de “Malhação” (de 2000 a 2006, Globo), o ator Sérgio Hondjakoff, não foi eleito vereador no Rio de Janeiro, mas ficou como suplente. Ele teve 456 votos, enquanto o vereador eleito com menos votos — Diego Faro (PL) — precisou de 12.675 votos.
Nos últimos anos, o ator enfrentou uma luta contra o vício em drogas. Ele chegou a ser internado e, quando teve alta, manifestou o desejo de retomar a carreira artística.
No mundo do futebol, Bebeto (PSD), ex-jogador e campeão do mundo com a Seleção Brasileira, não foi eleito vereador no Rio de Janeiro, e também ficou como suplente. Ele teve 8.125 votos. Ídolo do futebol carioca, ele foi titular do time campeão da Copa do Mundo de 1994 e da equipe vice-campeã em 1998.
Na política, foi deputado estadual no Rio de Janeiro por três mandatos, entre 2011 e 2022. Tentou se eleger deputado federal nas eleições de 2022, mas também não venceu.
Na lista dos exs-BBBs, Babu Santana tentou ser vereador no Rio de Janeiro pelo PSOL. Ele não foi eleito, mas também ficou como suplente. Babu é famoso por seus trabalhos como ator e cantor, além de ter sido um dos destaques da edição reality da Globo.
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Mario Gomes (Republicanos)
O ator Mario Gomes (Republicanos) terminou a eleição com 4.492 votos e na condição de suplente também na cidade do Rio de Janeiro. A campanha de Gomes ganhou destaque devido a uma ação da Justiça que determinou o despejo do ator da mansão de onde morava, na Joatinga, na Zona Oeste do Rio, por conta de uma antiga dívida trabalhista, nas últimas semanas.
O ex-galã de novela de 71 anos chegou a vender sanduíche na praia anos atrás. Essa não foi a primeira tentativa de Mario Gomes na política. Ele disputou outras quatro eleições entre 2006 e 2022.
Já na política há mais tempo, o humorista Marco Antonio Ricciardelli, conhecido como Marquito, não foi eleito, mas ficou como suplente. Ele teve 4.801 votos. Mesma situação aconteceu em 2012, quando ele concorreu pelo PTB, alcançou 22.198 votos e ficou com a vaga de primeiro suplente do vereador eleito Celso Jatene, do mesmo partido.
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