Pivô de um suposto esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Fabrício Queiroz (PL) não conseguiu se eleger vereador em Saquarema, cidade do interior fluminense. O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL) obteve 588 votos neste domingo 6 e ficou como primeiro suplente de seu partido na Câmara Municipal.
Nas redes sociais, Queiroz agradeceu pelo apoio dos eleitores e disse estar “orgulhoso da mobilização e comprometido com a luta patriota”.
Vereadores são eleitos pelo sistema proporcional de votação, que contabiliza os votos dados a um determinado partido ou coligação. No caso de postulantes que não obtiveram votos suficientes, a única chance de integrar o Legislativo municipal é se tornar suplente.
Na prática, os suplentes ficam de prontidão para substituir os vereadores eleitos que, por algum motivo, precisem deixar o mandato antes do término. Os casos mais comuns são de morte, renúncia, licença-médica ou indicação a um cargo no Executivo.
Fabrício Queiroz é policial militar da reserva e ficou conhecido pela relação de amizade com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Chegou a ser preso em 2020 por envolvimento na “rachadinha” e foi solto no ano seguinte.
As investigações do MP fluminense o apontaram como responsável pelo recebimento de parte dos salários dos servidores do gabinete de Flávio na Alerj, bem como pelo pagamento de contas pessoais do filho mais velho do ex-presidente.
Nas eleições de 2022, tentou ingressar na carreira política disputando o cargo de deputado estadual, mas também fracassou.