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Família diz que Maguila lutou bravamente e manteve humor – 25/10/2024 – Esporte

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A família do boxeador Adilson “Maguila” Rodrigues, que morreu nesta quinta-feira (24), aos 66 anos, confirmou que o cérebro do ídolo será doado à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para estudos médicos. O lutador sofria de encefalopatia traumática crônica, ou demência do pugilista, que acomete pessoas que sofrem traumas na cabeça.

O neurologista Renato Anghinah, que acompanhou Maguila nos últimos dez anos, disse que os estudos irão ajudar a entender a doença que afeta lutadores de boxe, jogadores de futebol e rugbi e também vítimas de violência doméstica.

Há cerca de um mês, Maguila foi internado e os médicos encontraram um nódulo no pulmão, mas não foi feita biópsia para identificar um possível câncer por causa da debilidade do ex-lutador.

Ele manteve o bom humor e as piadas até o seu último dia, segundo sua esposa e seu filho, Júnior Ahzura. “Ele lutou bravamente, mas não tinha mais forcas”, disse Júnior.

O velório Maguila ocorre na Alesp nesta sexta-feira (25). A cerimônia será encerrada ao meio-dia.

Depois, um cortejo vai levar o corpo para São Caetano do Sul, onde haverá um cerimonial na Ossel.

O pugilista vinha sofrendo de encefalopatia traumática crônica, também conhecida como demência pugilística, diagnosticada em 2013, e procurava minimizar os sintomas com um tratamento a base de canabidiol.

Maguila não chegou à disputa de um dos principais cinturões mundiais —embora tenha conquistado o irrelevante título da Federação Mundial de Boxe—, mas, quando se fala de carisma, teve poucos rivais entre atletas brasileiros, o que também o ajudou a conquistar uma legião de fãs.

Doença do pugilista

Doença provocada por repetidos traumatismos na cabeça ou no crânio, a encefalopatia traumática crônica, ou demência do pugilista, que acometeu Maguila, morto nesta quinta (24), pode afetar também praticantes de outros esportes.

Embora seja associada a boxeadores, há estudos apontando que praticantes de outros esportes de luta, do rugby, do futebol, entre outros, além de militares que passam por treinos que envolvam impacto na cabeça, podem ser alvos da doença.

Segundo o neurologista Vitor Tumas, professor e pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, todo trauma repetido de crânio pode predispor a pessoa a ter doenças degenerativas de uma forma geral, como Parkinson.

A exposição repetitiva ao traumatismo de crânio pode ocorrer em pancadas, golpes e sacudidas na cabeça, situações que fazem com que o cérebro se mova bruscamente dentro da caixa craniana.

“Podem ser traumas até leves, o que importa é o quanto isso é repetido”, diz ele. Segundo ele, o conhecimento sobre o impacto desses traumas no desenvolvimento de doença degenerativas levou a mudanças nas regras esportivas.

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