O executivo-chefe estrangeiro da Olympus do Japão renunciou após uma investigação sobre alegações de que ele trouxe drogas ilegais, disse a fabricante de equipamentos médicos.
O CEO Stefan Kaufmann, que liderava a empresa desde abril de 2023, renunciou a pedido do conselho de administração, disse a Olympus em comunicado na segunda-feira.
A Olympus disse que iniciou a investigação após receber uma alegação de uma fonte não especificada.
“Com base nos resultados da investigação, o Conselho de Administração determinou por unanimidade que o Sr. Stefan Kaufmann provavelmente se envolveu em comportamentos que eram inconsistentes com nosso código de conduta global, nossos valores fundamentais e nossa cultura corporativa”, disse a Olympus em comunicado.
O presidente da Olympus, Yasuo Takeuchi, assumirá o cargo de CEO “por enquanto”, enquanto o comitê de nomeação do conselho considera um sucessor permanente, disse a empresa.
“A Olympus pede desculpas profundamente pela preocupação que isso causou aos nossos acionistas, clientes e todas as partes interessadas”, acrescentou a empresa.
Kaufmann atua como membro do conselho desde 2019 e trabalha na empresa desde 2003.
O cidadão alemão foi o primeiro executivo não japonês a ser nomeado CEO da empresa desde Michael Woodford, o executivo britânico que foi despedido em 2011 depois de denunciar colegas por falsificarem registos da empresa para esconder perdas de 1,7 mil milhões de dólares.
A Al Jazeera não conseguiu entrar em contato com Kaufmann para comentar.
As ações da Olympus caíram mais de 7% após a notícia.
A Olympus, fundada em Tóquio em 1919, era mais conhecida por fabricar câmeras antes de se tornar líder global em endoscópios.
O Japão tem leis rigorosas contra o uso de drogas que já enredaram empresários estrangeiros no passado.
Em 2015, Julie Hamp, executiva americana de relações públicas da Toyota Motor, passou quase três semanas numa prisão de Tóquio depois de ser presa por suspeita de importar o analgésico oxicodona.
