O protesto é realizado contra medidas do presidente Javier Milei; trens, aviões e transporte marítimo são afetados
Sindicatos da Argentina realizam nesta 4ª feira (30.out.2024) uma paralisação de 24 horas nas atividades do setor de transporte. A greve, que começou pela manhã, afetou os principais aeroportos do país, com 250 voos sendo cancelados e 27.000 passageiros afetados. As informações são do La Nación.
A paralisação foi organizada em resposta ao ajuste fiscal promovido pelo presidente argentino, Javier Milei, e pela intenção do governo em privatizar a empresa estatal Aerolíneas Argentinas.
Os principais sindicatos a aderirem ao movimento são do setores de trens, aviões, metrôs, portos, táxis e transportes de cargas. A única corporação que não concordou com o movimento foi o UTA (Sindicato dos Bondes Automotivos), que é responsável pelos transportes de ônibus.
O UTA disse, porém, que fará uma greve separada na 5ª feira (31.out.2024) por causa de falhas na negociação salarial com o governo.
O segmento mais afetado é o de aeroportos. Segundo cálculos do setor, a greve desta 4ª feira (30.out) custaria cerca de US$ 2 milhões à Aerolíneas Argentinas. O valor inclui pagamento de multas e despesas com passageiros, além de 1 dia sem receita.
Algumas viagens canceladas foram remarcadas para o aeroporto internacional de Ezeiza, maior da Argentina, que é gerenciado pela empresa privada Aeropuertos Argentina 2000 e opera normalmente durante a greve.
Em resposta à paralisação, o governo argentino utilizou o aplicativo oficial MiArgentina para criticar os sindicalistas. A mensagem enviada aos usuários perto também citava nominalmente 2 líderes do movimento e pedia que os cidadãos fizessem denúncias caso fossem coagidos a parar de trabalhar.
“Os sindicalistas não te deixam trabalhar. Como medida de força dos sindicalistas Moyano e Biró para zelarem por seus privilégios. Nesta 4ª feira não haverá serviço de transporte. Se te obrigarem a parar, liga para o 134”, diz a mensagem.