Havia uma dúvida nas quatro semifinais continentais sobre quem era o favorito, e o Atlético Mineiro a resolveu no primeiro jogo diante do River Plate, 3 a 0, em Belo Horizonte.
Na partida de volta, tratava-se de administrar a vantagem de três gols, e o Galo soube fazê-lo. Quando vacilou, Everson apareceu com brilho e assegurou o 0 a 0.
Entre Botafogo e Peñarol não havia dúvida, mesmo que tenha sido gratíssima surpresa a goleada por cinco gols no Nilton Santos.
A derrota no Centenario por 3 a 1 acabou por ser desagradável, apesar de com time misto, em modo regulamento embaixo do braço, porque chegou a haver um momento de dúvida para angustiar os botafoguenses neuróticos, quase uma redundância.
Prevaleceram os resultados nos jogos de ida, só para aumentar as discussões sobre o que é preferível.
Agora não tem mais favorito.
A decisão, em jogo solitário, entre os dois alvinegros brasileiros, um em busca do bicampeonato, o outro do título inédito, único dos 12 clubes mais tradicionais do país sem a taça Libertadores, não permite favoritismo, por mais que o Glorioso esteja jogando melhor que o Galo.
Como não há favorito entre o mesmo Galo e o Flamengo nas finais da Copa do Brasil que começam neste domingo, no Maracanã.
Também na Copa Sul-Americana os favoritos confirmaram os prognósticos.
O Cruzeiro até deu susto ao só empatar no Mineirão com o Lanús, 1 a 1, mas prevaleceu no campo do adversário, 1 a 0, e ressurge para se reencontrar com a possibilidade de ganhar título importante, por mais que não seja o mais importante da América do Sul.
Finalmente, o Racing se impôs ao Corinthians em 180 minutos disputados em Itaquera e no El Cilindro.
Aqui, o 2 a 2 em São Paulo e o 2 a 1 em Avellaneda merecem considerações futebolísticas e políticas.
Yuri Alberto esteve perto de entrar para a história, o que teria ocorrido se o argentino Rodrigo Garro tivesse a mesma classe e a generosidade que o holandês Memphis Depay demonstrou.
Na zona leste paulistana, Yuri marcou duas vezes, a primeira em grande passe do europeu e a segunda por sua conta.
Na Grande Buenos Aires, fez o 1 a 0 graças ao calcanhar mágico de Memphis, logo aos seis minutos, e estava livre para receber de Garro, na metade ainda do primeiro tempo, para ampliar o placar e marcar pela quarta vez. Garro preferiu finalizar e o fez em cima do goleiro Arias.
Daí para a frente o jogo mudou, o Racing virou e não correu mais risco nenhum contra o alvinegro sem laterais à altura das camisas que vestem.
Não bastasse, o segundo gol argentino foi daqueles só aceitáveis em times juvenis, em jogada rápida do gandula para o arremessador, casquinha do atacante e gol de Quintero, com a frieza que faltou a Garro, o meia que começou a temporada como leão e chega ao fim dela em clamoroso desgaste físico, porque sem descanso.
Fora da decisão pelo título inédito, fora da Copa do Brasil e da Libertadores em 2025, resta ao Corinthians evitar o segundo rebaixamento para não ter apenas o Paulistinha e a Série B no ano que vem, apesar de gastar tanto sem poder que está proibido pela Fifa de fazer contratações até 2026.
Não é o caso de dar os parabéns a Andrés Sanchez, Duilio Monteiro Alves e Augusto Melo?
Ou seria melhor expulsá-los do Parque São Jorge?
Você decide.
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