Rapper diz que ex-presidente quer controlar os direitos das mulheres e que acredita que vice-presidente melhorará economia se for eleita
A cantora de rap Cardi B participou na 6ª feira (1º.nov.2024) de comício da campanha da vice-presidente, Kamala Harris (Democrata), à Casa Branca, em Milwaukee (Wisconsin), nos Estados Unidos.
A artista disse que não iria votar até Kamala entrar na corrida eleitoral e que acredita que ela melhorará a economia, se eleita. Também criticou as falas do ex-presidente Donald Trump (Republicano) sobre os direitos femininos.
Na 4ª feira (30.out.2024), Trump falou em um comício em Green Bay (Wisconsin) que vai proteger as mulheres americanas “gostem elas ou não”.
“Eu quero proteger as mulheres do nosso país. […] Eu vou fazer isso gostem elas ou não. Eu vou protegê-las de migrantes, eu vou protegê-las de outros países que querem nos acertar com mísseis”, afirmou.
Durante a sua campanha, o republicano tem insistido no discurso de que vai tornar as comunidades mais seguras para que as mulheres não “pensem no aborto”. Trump tem alta rejeição do eleitorado feminino.
A campanha de Kamala, por sua vez, tem aproveitado essas falas para criticar o adversário. O discurso de Cardi B vai na mesma linha: “Se a definição dele de proteção não é a liberdade de escolha, se a definição dele de proteção é garantir que nossas filhas tenham menos direitos do que nossas mães, então eu não quero isso”, declarou a rapper em Milwaukee.
Assista ao discurso na íntegra (9min07s):
APOIO DE CELEBRIDADES
Kamala Harris adotou a música “Freedom”, de Beyoncé, como tema de sua campanha para a corrida à Casa Branca.
A candidata democrata recebeu apoio de diversas celebridades norte-americanas. A cantora norte-americana Billie Eilish e seu irmão e produtor, Finneas, já declararam apoio a sua campanha.
As cantoras Taylor Swift, Olivia Rodrigo, Katy Perry, Beyoncé e Jennifer Lopez também declararam que votarão em Kamala, além do ator George Clooney e do cineasta Spike Lee.
ABORTO
O tópico do direito ao aborto passou a ser muito relevante depois que a Suprema Corte dos EUA derrubou a jurisprudência Roe vs. Wade em junho de 2022 –estabelecida no início dos anos 1970 e que assegurou por décadas o direito legal das mulheres ao aborto. Com a decisão da Suprema Corte, a regra tem sido definida por cada Estado norte-americano.