Ministro da Educação diz que não houve “ocorrência grave” durante a prova; governo registrou 689 problemas de logística
O ministro da Educação, Camilo Santana, disse neste domingo (3.nov.2024) que não houve ocorrência grave durante a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Apesar disso, afirmou que 4.999 inscritos foram eliminados da prova.
Segundo ele, esses alunos foram penalizados pelos seguintes motivos: deixar o local de prova portando o caderno de questões antes dos 30 minutos finais de aplicação, portar equipamento eletrônico, ausentar-se antes do horário permitido (15h30), utilizar impressos ou não atender orientações dos fiscais.
Outros 689 ocorrências foram de problemas logísticos, como emergência médias, interrupções temporárias de energia elétrica e problemas com o abastecimento de água.
Camilo declarou que, no Mato Grosso do Sul, por exemplo, a chuva atrapalhou na aplicação do exame. “Essas ocorrências não inviabilizaram praticamente que as pessoas pudessem realizar a prova”, disse. O ministro afirmou que o candidato impactado com os problemas poderão requisitar realizar um novo exame. A solicitação precisa ser feita de 11 a 15 de novembro. A prova será realizada em 10 e 11 de dezembro.
Ele concedeu entrevista a jornalistas sobre o exame. Segundo o ministro, o modelo de alocação dos estudantes fez com que os inscritos fizessem a prova o mais próximo possível de suas residências. Defendeu que todas as ações foram cumpridas, como o horário de entrega das provas e os protocolos de segurança.
“Garantiu que 90% dos inscritos foram alocados em até 10 quilômetros de sua residência. Foi um passo importante este ano”, declarou. O Enem teve a redação neste domingo (3.nov.2024), além de perguntas objetivas de linguagens e ciências humanas e suas tecnologias. O tema da redação foi “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.
Assista:
As provas foram aplicadas em 1.753 municípios do Brasil, sendo 10.776 locais de prova e 149.724 salas. O Enem teve 4.325.960 inscrições confirmadas no país. No 1º dia, a presença foi de 73,4%, nível maior que em 2023 (71,9%) e em 2022 (71,7%).
“Quando a gente vai somar todo o pessoal envolvido no exame, o apoio das polícias, estruturas estaduais, federais, correios e etc, são quase 500 mil pessoas envolvidas na aplicação da prova de hoje”, declarou o ministro.
Santana comemorou o número de inscritos que são concluintes do ensino médio. Aumentou de 1,18 milhão em 2023 para 1,66 milhão em 2024. “A gente teve em 2023 apenas 58% dos alunos concluintes do ensino médio público no Brasil inscritos. E esse ano chegamos a 94%. Em muitos Estados, [chegaram] a 100% com base no Censo escolar. No Nordeste brasileiro, apenas o Maranhão não chegou a 100% dos inscritos”, declarou.
O ministro disse que houve um efeito forte do programa Pé de Meia, que pagará uma parcela extra do município o aluno inscrito que realizar as duas etapas de prova.
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