Segundo o Estadão, em um documento interno da PF, uma agente responsável pela viagem justifica que a compra das passagens estaria sendo feita com pouca antecedência pelo convite ter chegado na mesma data do voo, 6 de setembro.
No entanto, segundo a reportagem, a PF se contradiz nessa informação. Outro agente da corporação já teria viajado para Doha em 3 de setembro para realizar atividades de reconhecimento, como é de praxe na área de proteção de autoridades.
Janja levou outros 4 assessores ao Qatar. No painel de viagens do MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos), a ida do grupo custou R$ 52.000, entre diárias e passagens.
Foram com Janja:
- Cláudio Adão dos Santos Souza, fotógrafo;
- Edson Antônio Moura Pinto, ajudante de ordens;
- Júlia Camilo Fernandes Silva, assessora do Gabinete Pessoal da Presidência da República; e
- Taynara Pretto, assessora de imprensa da primeira-dama.
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NO QATAR
Janja foi convidada pela sheika do Qatar, Moza bint Nasser al-Missned, uma das 3 mulheres do sheik Hamad bin Khalifa. O evento foi realizado pela organização Education Above All. Ela discursou no painel “Educação em Perigo: o custo humano da guerra”. No país, teve reuniões bilaterais com autoridades e visitou uma escola para crianças refugiadas.
Na reunião, a primeira-dama brasileira e a sheika Moza bint Naser discutiram suas atuações em prol do direito à educação, a presidência brasileira no G20 e na COP 30. Moza é presidente da Fundação Qatar, uma ONG voltada para educação, ciência e o desenvolvimento de comunidades. O embaixador do Brasil no Catar, Marcelo Dantas, também esteve presente.
A ida de Janja ao Qatar fez com que ela não estivesse no tradicional desfile aberto no Rolls Royce presidencial junto a Lula durante as comemorações da Independência do Brasil do 7 de Setembro.