Em seu primeiro discurso após a confirmação da reeleição para a prefeitura do Rio de Janeiro em primeiro turno, Eduardo Paes (PSD) fez questão de celebrar a “frente ampla” que conseguiu formar.
“Isso aqui é um exemplo para o Brasil”, disse, enquanto apresentava e posava ao lado de aliados como os deputados federais Otoni de Paula (MDB, “um conservador de direita”, como o prefeito fez questão de frisar); Jandira Feghali (PCdoB); e Benedita da Silva (PT).
O prefeito conseguiu reunir nomes de diversas forças políticas, muitas vezes sem preocupação com as alianças formais que foram compostas. Por exemplo, o MDB, de Otoni, sequer fazia parte da coligação de Paes (formada por PSD, Solidariedade, Podemos, Avante, Agir, PDT, PSB, PRD, DC e Federação PT/PV/PCdoB).
“Aqui tem um grupo de pessoas que pensa diferente, mas que mostrou que dá para se unir independentemente das nossas visões de mundo. Cuidar de uma cidade, de um país, de um estado, tem muito a ver com a gente atender de maneira mais adequada o povo que mais precisa”, apontou o prefeito.
Apesar de ter trabalhado para não levar à disputa do Rio a polarização entre petismo e bolsonarismo, Paes fez questão de agradecer pelo apoio do presidente Lula (PT).
“Queria agradecer muito ao presidente Lula, que foi um super companheiro. É um sujeito que ajuda a gente no Rio de Janeiro há muito tempo”, disse o prefeito, sendo aplaudido, inclusive, por Otoni de Paula.
Também houve espaço para agradecer ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, secretário de governo do bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo e que também foi aplaudido quando citado.
“Essa eleição é sobre aquilo que a gente deseja para o Brasil. Chegou a hora de parar com essa polarização, essa dualidade, essa briga de um contra o outro, como se fôssemos inimigos. Não somos”, prosseguiu Paes.
Carismático e popular, o prefeito celebrou o tratamento que recebeu nas ruas da cidade enquanto buscava votos. Em meio a tempos virulentos, a campanha na capital fluminense foi tranquila.
“O povo do Rio de Janeiro me tratou com muito respeito, até quem não votava em mim. Eu não ouvi nenhuma agressão. Os cariocas me homenagearam, me saudaram.”
